sexta-feira, setembro 22, 2006

 

Cor de Burro quando foge

Hoje dirigi-me à papelaria da escola a fim de comprar determinado objecto (de papelaria, como o nome do estabelecimento comercial indica) cuja identificação não é necessária para o desenvolvimento deste post. O fim foi cumprido, mas antes deparei-me com um drama: a simples visão da porta de vidro fez-me perceber que ia ser obrigado a enfrentar uma fila de crianças histéricas que decidiram ir gastar o dinheiro dos pais em canetas de cheiro, correctores de fita que serão destruídos dois dias depois, massas “Fimo” e afins. Para ajudar a passar o tempo comecei a observar o meio envolvente e saltou à vista o expositor de cartolinas.

O parágrafo seguinte foi escrito pela minha segunda personalidade:

Dá vontade de levar para casa este objecto para colocar ao lado da televisão, que, por sua vez, já possui um “napron” oferecido pela vizinha do R/C Direito em agradecimento pelas explicações prestadas ao seu filho de 23 anos (que na opinião dela é apenas muito arisca) e foram essenciais para passar ao 5º ano. A alegria das cores fortes e a sua disposição em “degradê” remetem aos arcos-íris, tornando a aura mais positiva e ajudando a enfrentar o momento em que Camila, da novela “Laços de Família”, recebe a notícia de que tem leucemia. Este post está a ser escrito pela 2ª vez (visto que da primeira o blogger se encontrava em manutenção, eu não reparei, carreguei no botão de “editar”, e PUFF!, desapareceu sem se ter feito “Chocapic”) e foi a energia das cartolinas que me ajudou a recuperar do estado de raiva.

De novo eu:

Se há algo que me intriga profundamente nas cartolinas são os nomes atribuídos às cores delas. Será que ocorrem reuniões para decidir se um determinado verde se vai chamar “Verde Selva” ou “ Verde Gingko Biloba em flor dois dias depois do Equinócio de Março se tiver chovido entre 50 ml e 200 ml de água nesse mês”? O que leva uma pessoa a ver azul escuro como “Azul ultra-marinho”, seguida do “Azul marinho” e do “Azul Jamaica” que são mais claros? Será que a tonalidade 2% mais escura do que o “Amarelo Canário” se chama “Amarelo Bacalhau-à-Brás”?
Ao menos, quando as cores se chamam por exemplo “Castanho 467”, esses nomes não esclarecem ninguém, mas são bem melhores do que ter “Castanho Diarreia”, “Castanho Diarreia Explosiva”, “Castanho Diarreia de Bebé”, “Castanho Peido Molhado”, “Castanho Vómito Fecal”, “Castanho Poia num mar de Rosas”, etc...

Esta visão fez-me lembrar um sketch que vi não sei aonde e que eu vou contar na forma de anedota.

Uma bomba é colocada num escritório de Arquitectura de Interiores.
Chega a Brigada de Minas e Armadilhas que diz assim para o arquitecto:
- Não entre em pânico! Basta abrir a bomba e cortar o fio vermelho!
- Desculpe lá, mas não há vermelho! Temos um fio Indigo, um fio Tâmara do Paraíso, um fio Ultra-borboleta-do-pântano, um fio Fuchsia, etc, etc, mas nada Vermelho.
- Tem de haver... deixe lá pensar...
BUMMMMM!!!!!!!

Comments:
deves ter é muito que estudar! Tanto que até te estoiram os miolos... aliás uma cartolina com cor de miolos estourados nem era mau de todo...
 
Amarelo Bacalhau-à-Brás, Castanho Vómito Fecal...onde e q vais buscar a tua inspiração?!
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?